segunda-feira, 30 de junho de 2014

A copa que a mídia mostra. A copa que vejo.

Palavras Chave: Desigualdade Social. Copa do mundo 2014. Saúde. Educação.

Está difícil para quem tem acesso apenas a canais de TV aberta ter acesso a alguma programação que não trate de alguma forma sobre futebol. O assunto que é empurrado goela abaixo é a copa do mundo realizada no Brasil. Os canais de maior poder na mídia Brasileira tentam a todo custo vender a imagem de uma torcida empolgada, maravilhada com a realização de tal evento, buscam mostrar ao mundo, e também ao povo Brasileiro, que tudo transcorre a mil maravilhas. Desta forma, aqueles que têm acesso apenas a esta mídia, acabarão por comprar esta imagem, acreditar neste Brasil das fantasias, aquela velha história, a pata bota o ovo maior que o da galinha, porém, como a galinha faz toda a propaganda de que botou um ovo, a pata  passa despercebida.
Durante o transcorrer desta copa, as manifestações que se previam foram sufocadas, seja pelo poder de coerção através das propagandas, seja devido à intimidação imposta através de grandes contingentes policiais colocados nas ruas, as poucas reivindicações que surgiram não ganharam força, tampouco tiveram destaque na mídia. Assim se transcorre este evento sem mais complicações, estaria tudo maravilhoso, caso não olhássemos para os fatos recorrentes que continuam se arrastando por detrás dos cenários montados para esta grande novela, e é isto que me motiva a escrita deste. Enquanto a mídia mostra os estádios lotados, 50 a 60 mil expectadores dispostos a pagar  ingressos na casa dos 900,00 a 1000,00 reais, outros milhões estão a espera de atendimento médico nas filas dos hospitais das redes públicas. Não posso, e não consigo olhar empolgado torcendo por uma seleção Brasileira, ao mesmo tempo em que chego com pacientes dos hospitais e Upas e não tenho onde deixa-los de forma digna, às vezes tendo que tirar um paciente de uma cadeira de rodas, pedindo-o que se locomova pulando com um pé só, a fim de colocar outro que sequer consegue deambular, esta é a realidade do país da copa que aqui desejo enfatizar. Uma realidade que eu, e outros muitos amigos que trabalham no APH, vivenciamos diariamente.
Felizmente, ou infelizmente a copa que vejo, não é a mesma copa que a mídia mostra. Felizmente, pois observo que muitas pessoas não se deixam enganar por este teatro, infelizmente, pois poderíamos nos orgulhar mais deste país intitulado do futebol, mas que amarga péssimos resultados em saúde e educação quando comparado a outras nações. Enquanto  tv`s mostram uma população empolgada, vejo alguns poucos veículos com bandeiras de meu país circulando pelas vias desta cidade. Alguns poucos bares se deram ao trabalho de investir em decoração verde amarela. Poucas casas e poucos prédios se dão ao trabalho de pendurar bandeiras em apoio à seleção Brasileira de futebol. A mídia insiste fortemente em mostrar a empolgação do povo Brasileiro, esta é a forma de se fazer com que outros tantos Brasileiros, vendo a imagem que se mostra, venham a esquecer das reais situações que vivemos.
Felizmente, mesmo em meio aos fracos movimentos de manifestações que ocorreram neste momento, podemos observar que alguma coisa mudou. Nosso povo não mais se empolga com tanta facilidade, talvez surja ai uma nação mais pé no chão, pode ser inclusive que desta nova geração, surjam novos políticos com novos valores, mais comprometidos com esta nação que com os sistemas políticos e capitalistas que ditam os rumos deste país. Utopia? Talvez sim, talvez não. Prefiro desta forma torcer por um Brasil campeão, não no futebol, embora o reconheça como forma de lazer,  mas um Brasil campeão na redução de desigualdades sociais, que valorize mais os profissionais da educação e saúde, que se erga sobre sólidos e verdadeiros pilares, que de a esta imensa nação o verdadeiro orgulhe de bater no peito e dizer: Somos campeões.





quarta-feira, 4 de junho de 2014

REFLEXOS DA VIDA: ASINFLUENCIAS DO PENSAMENTO RELIGIOSO SOBRE O HOME...

REFLEXOS DA VIDA: ASINFLUENCIAS DO PENSAMENTO RELIGIOSO SOBRE O HOME...: A S INFLUENCIAS DO PENSAMENTO RELIGIOSO SOBRE O HOMEM SEGUNDO O FILÓSOFO FRIENDRICH NIETZSCHE. ARTIGO DE REVISÃO. Valter Fernandes Fer...
AS INFLUENCIAS DO PENSAMENTO RELIGIOSO SOBRE O HOMEM SEGUNDO O FILÓSOFO FRIENDRICH NIETZSCHE. ARTIGO DE REVISÃO.

Valter Fernandes Ferreira.

Resumo.
Este trabalho, tendo como base a obra do filósofo Friedrich Nietzsche, passando rapidamente pela obra de Ruben Alves, busca visualizar os impactos provocados pela teoria religiosa ao homem nos processos de construção social ao longo da história, como surgiram as questões morais, como foram construídos as bases religiosas as quais ainda se perpetuam na sociedade atual, como os deveres morais a partir do pensamento religioso trarão ao homem um sentimento de prisão, infelicidade, de um ser que abandona sua própria vida por acreditar em uma vida futura.
Palavras-Chave: Religião, Igreja, Homem, Valores morais, culpa, pecado.

Religião ou religiosidade é algo que foi construído ao longo dos anos, as crenças já existiam bem antes da histórica vinda de Cristo, porém, com o advento do cristianismo, houve tempos em que os descrentes, sem amor a Deus e sem religião, eram tão raros, que os mesmos se assustavam com sua descrença e a escondiam, como se ela fosse uma peste contagiosa. (Alves 2011).
No mundo animal, podemos observar como as espécies vão ao longo dos anos carregando consigo características próprias de cada espécie, sua vida se processa num mundo estruturalmente fechado, a aventura da liberdade não lhes é oferecida, mas não recebem, em contrapartida, a maldição da neurose e o terror da angústia. (Alves 2011), a partir deste pensamento, podemos notar que o homem, através de uma constituição histórica, foi ao longo dos anos se desenvolvendo num processo cultural, construindo o que hoje se conhece como sua subjetividade, porém, através deste processo de construção, o mesmo construiu também processos e regras as quais levaram no a aprisionar-se, a produzir para si uma teoria que o leva, em muitos casos, a negar a si mesmo, sua existência e seus extintos, sua vida cotidiana se baseia numa permanente negação dos imperativos imediatos do corpo, os homens se recusaram a ser aquilo que, a exemplo dos animais, o passado lhe propunha, tornaram se inventores deste mundo, (Alves 2011), o pensamento religioso demonstra e se posiciona como incentivo a negação à vida, o mesmo ira determinar o que é certo ou errado, o que é moral ou imoral a partir de sua teoria, fazendo com que o homem negue a si mesmo, negue sua vida, por acreditar em outra vida. (Nietzsche 1887).
Partindo de sua visão a respeito da criação dos conceitos morais, Nietzsche, filósofo do século XIX, debruça-se sobre o tema e busca encontrar respostas para seus questionamentos, ele enxergará, na teoria religiosa, o que se refere como sendo o grande perigo para a humanidade, relata ainda estar possuido por um ceticismo profundo, uma desconfiança de que a moral cristã seria a mais sublime tentação ao nada, algo que promoveria o começo do fim, a vontade que se volta contra a vida, uma moral baseada na compaixão a qual vai se alastrando cada vês mais e tornando doentes até mesmo os filósofos, um caminho que levaria ao niilismo, ou seja, ao nada, (Nietzsche 1887), desta forma, demonstra claramente sua preocupação de onde chegaria esta valoração sentimental, o filósofo se mostra enfaticamente contra toda teoria de amolecimento dos sentimentos, uma situação que pode se apresentar como patológica, através do amolecimento dos sentimentos o homem posiciona-se como um ser frágil, ele se coloca em posição de espera, Deus é o responsável pela sua vida, um ser que aceita todo tipo de moléstia, todo tipo de dominação, pois, o seu reino não é deste mundo, esta teoria levaria o homem ao abandono do que de mais importante este possui, a vida, em prol de outra vida, a qual não se sabe existir.
Em sua primeira dissertação o autor busca visualizar onde surgiram os conceitos de bem e mal, bom a princípio não se referia àquele que fez o bem, bom seria os nobres, Aristocráticos, os poderosos, superiores em posição e pensamento, que sentiram e estabeleceram a si mesmo, ou seja, de primeira ordem, em oposição se encontrava tudo o que era baixo, vulgar e plebeu, (Nietzsche 1887), o bom, era aquele que era realmente bom no que fazia, o que conseguia realizar suas obras, o forte, o guerreiro, e não o fraco, o coitado, o humilde, não, definitivamente este não era o bom, porém ocorrerá o que o autor se refere como transvaloração de valores, ocorre o declínio dos valores aristocráticos, o surgimento do pensamento religioso, o sacerdote asceta de forma hábil transformará, reverterá o conceito de bom, uma grande reviravolta, o que o autor irá se referir como a mais espiritual vingança, promoveram então a inversão dos valores, o bom deixaria de ser o nobre aristocrata  e passaria a ser os pobres, impotentes, os sofredores, os necessitados, feios e  doentes, estes são os únicos bons, a eles caberá unicamente as bem aventuranças, aos nobres e poderosos, estes se tornariam condenados eternamente como cruéis, maus, ímpios, desventurados malditos e danados, (Nietzsche 1887), neste ponto citado, podemos hoje notar traços desta filosofia implantada a partir do pensamento religioso, possuem caráter de bondade todo aquele que despreza qualquer tipo de riqueza, aquele que abandona seus desejos e anseios e se entrega à espera, espera de felicidade em uma outra vida, ainda conforme o autor, seria realmente este o momento, um pensamento originário da árvore do ódio judeu, que precisou de dois mil anos para alcançar sua vitória, (Nietzsche 1887), ou seja, o momento vivido pelo filósofo no século XIX, e que se estende até o momento atual.
Com o surgimento deste novo conceito de bondade, o ressentimento torna-se gerador de valores, foi através de uma classe ressentida, tomada de ódio que surgiu a transformação, enquanto o bom nobre se baseia em si mesmo, o novo conceito de bondade se baseará na negação de si mesmo, se acha ainda no direito de imputar ao outro esta obrigação, cria-se algo a se apegar, ou seja, a alma, uma forma de levar o fraco o oprimido de toda espécie a enganarem se a si mesmos, (Nietzsche 1887), através deste pensamento, o homem viverá sua vida desprezando o corpo e seus prazeres, preocupando-se em salvar aquilo que vai além do corpo, aquilo o qual irá para a vida eterna, a alma, sua vida se baseia na fé, no amor, mas este amor na verdade é o mais profundo ódio, por não conseguirem serem fortes como os nobres aristocráticos foi que criaram esta inversão de valores, por não poderem ser bom como ele, colocaram no então como o mau, o ruim o perverso, mas tudo isto motivado pelo desejo de vingança, então o amor que se propaga, nada mais é que o desejo de ser forte algum dia, sua esperança se dará no juízo final, momento em que ocorrerá o gozo daqueles que tanto sofreram, momento em que se verá os perseguidores do nome do senhor queimando nas chamas, (Nietzsche 1887), este desejo de ver seus perseguidores sendo castigados, este amor então se mostrará como a maior forma de ódio.
O desenvolvimento do pensamento religioso veio trazer ainda outro problema ao homem, a formação de uma consciência, não no sentido de percepção clara dos fenômenos, no sentido de má consciência, culpa perante Deus, certo ou errado, a origem da responsabilidade, um animal capaz de fazer promessas, uma tentativa de tornar o homem confiável, sua justificativa, a moralidade dos costumes, da camisa de força, o grande golpe de gênio do cristianismo onde o próprio Deus se sacrifica pela culpa dos homens, Deus, o único que pode redimir o homem daquilo que para o próprio homem se tornou irredimível (Nietzsche 1887), desta forma o homem foi sendo domesticado, sendo colocado em uma linha de raciocínio que o prende, que o prende a uma teoria tirana, dura e estúpida, tal teoria imporá limites de sua via, sua base será o ascetismo, prega o abandono dos prazeres mundanos, utiliza de recursos que hipnotizam o ser, que, através da mnemônica, fixam seus ideais, todas as religiões são, no seu nível mais profundo, sistemas de crueldade, (Nietzsche 1887), em alguns aspectos a teoria religiosa se mostrará como cruel, principalmente nos momentos em que sugerem ao indivíduo que abandone-se, que aceite este mundo como o mesmo o é, que coloca-o em posição de espera, onde o mesmo será mero coadjuvante no mundo, pois a vida, a felicidade, se dará em outro plano, sobrenatural, o reino dos céus, onde reinara toda a glória eternamente, desta forma o homem passará por esta vida como um ator em uma peça teatral, onde o mesmo exercerá um papel já pré-definido, não sendo ele senhor de si mesmo, por outro lado, ainda que contraditório, a teoria religiosa se mostrará importante em momentos onde homem necessite se agarrar a algo, nos momentos de enfermidade a fé se mostrará de grande importância, mas, neste momento, retornaremos a afirmação do filósofo de que o homem escolherá o nada por não ter nada melhor a escolher.
Assim se criou no homem o sentimento de culpa, uma cultura doentia que somente poderia ser cuidada por médicos doentes, afirma o autor, ele mesmo tem que ser doente, tem de ser aparentado aos doentes para entendê-los, mas também tem de ser forte, ainda mais senhor de si mesmo que dos outros, inteiro em sua vontade de poder, para que tenha a confiança e o temor dos doentes, (Nietzsche 1887), assim se manifesta o sacerdote ascético, o sentimento de culpa, o pecado, estes sentimentos tornaram o sujeito doente, uma doença a qual não se deseja curar, estes doentes serão organizados em uma concentração, a palavra mais propícia para tal seria Igreja, (Nietzsche 1887), dentro da Igreja o homem acreditará que o mesmo é parte integrante de uma natureza pecaminosa, porém a natureza pecaminosa não faz parte da essência do homem, ela nada mais é que uma interpretação dos fatos, visto sob os olhos da moral religiosa que impera sobre o ser, o fato de o homem se sentir pecador não justifica que ele se sinta assim, como exemplo clássico podemos nos recordar da cassa as bruxas promovida pela igreja na idade média, os mais célebres juízes não duvidaram de que as bruxas eram culpadas, nem mesmo elas duvidavam, portanto, como disse o autor, e como hoje claramente sabemos, não havia culpa.
As religiões, conforme afirma o autor, foram responsáveis pela criação do sentimento de culpa que o homem carrega sobre si até os dias atuais, um fardo pesado, diga-se de passagem, hoje, século XXI, notamos o quanto o discurso moralista encontra-se infundido na sociedade contemporânea, propício seria destacar neste momento as discussões que circulam pela mídia sobre os relacionamentos homossexuais, sobre sua legalização, sobre o direito que os mesmos possuem a união estável e à adoção de crianças, este grupo ao qual me refiro, é passível de discriminação por parte da sociedade, esta discriminação geralmente virá oculta através do discurso `` Não sou contra, somente tenho o direito de não concordar ´´ outros diriam, `` Jesus ama o pecador, só não ama o pecado ´´, assim se justifica aqueles que defendem este pensamento, uma cultura de discriminação que poderá ser notada em diversos meios sociais, inclusive no ambiente acadêmico poderá ser notado sua presença, tal cultura, tem sua origem nas bases as quais foram constituídos os pensamentos morais, ou seja, a religião.
A cultura do pecado inserida no mundo, o sentimento de culpa, a causa do sofrimento, estamos condenados a esta visão de doentia durante alguns milênios, jamais nos livraremos dele? Por onde quer que nos voltemos, em toda parte, o olhar hipnótico do pecador movendo-se na mesma direção, o sentimento de culpa (Nietzsche 1887), a consumação de um pensamento que, a partir do ideal ascético, melhorava o homem, já não havia mais queixas pela dor ou pela miséria, afirma neste momento o autor não discordar desta melhora do homem, porém, para o mesmo, melhora neste contexto significa, domesticado, enfraquecido, lesado, alienado, um sistema que torna o doente invariavelmente, mais doente, ainda que o torne melhor, (Nietzsche 1887).
O ideal ascético, o pensamento religioso, teve como seu principal objetivo, dar um sentido a vida do homem, portanto, se desconsideramos este ideal, o homem, animal que é, não possui até então sentido sobre a terra, sua existência não possuía finalidade, afirma o autor,`` para que o homem?´´, era uma pergunta sem resposta, o homem não conseguia se justificar, se entender, se tratava de um ser doente, que sofria, porém, seu problema não era o sofrimento, era, outrossim, a falta de sentido de para que sofrer, a falta de sentido para o sofrimento era até então a maldição que assolava a humanidade, foi no que se estabeleceu todo o pensamento religioso, fornecer à humanidade um sentido para o sofrimento, sendo até então o melhor sentido encontrado, a ciência, a qual veio a questionar posteriormente o ideal acético, não foi até então capaz de oferecer um sentido melhor, desta forma ganhou espaço este ideal,  o sofrimento sendo justificado pela culpa, o homem não era mais uma folha ao vento, ele podia querer algo, ainda que este algo se fundamentasse no niilismo, esta forma de interpretação, segundo o autor, trouxe ao homem um sofrimento maior que o anterior, pois seu sofrimento baseia-se na culpa, no abandono da vida, abandono dos prazeres, mas em prol de que? Do nada, voltando assim ao que de inicio já se dizia: `` O homem preferirá o nada por não ter nada melhor a querer ´´. (Nietzsche 1887).

CONCLUSÃO.
           
            As religiões se mostraram como sendo as genitoras de muitos dos processos morais aos quais estamos submetidos nos dias atuais, a partir de um determinado ponto de vista, pode se visualizar este fator como positivo, pois contribuem de forma fluente para a manutenção da ordem social, contribui ainda para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das relações visto que, a base da vida religiosa, se dará em comunidade, este fato promoverá um estreitamento de laços e fará com que as pessoas se aceitem mais umas as outras, como diz um dos fundamentos religiosos, ``Amai-vos uns aos outros´´, por outro lado, o pensamento religioso trará ao homem diversos pensamentos, doutrinas, que poderão produzir neuroses ao mesmo, como por exemplo o sentimento de dependência, negação à vida, sentimento de culpa, remorso, etc. O sentimento de dependência, fará com que o homem aceite muitas vezes a vida e as injustiças sociais como ao normal, Deus é a providencia e na hora certa ele olhará por mim, o sofrimento será em prol da salvação, negará assim a vida, seu mundo não faz parte deste mundo, neste mundo perpetua o pecado, a culpa pelo pecado que foi introduzida pela religião, cria no homem um ressentimento, neurose, o que o levará a negar muitos de seus instintos, pois, a moral cristã não lhe permite ser livre, prisão, remorso, sentimentos recalcados que, uma vez estabelecidos no inconsciente, podem vir a se manifestar de forma patológica, assim se mostra a criação dos conceitos morais produzidos pela Igreja, uma teoria que produziu uma doença ao homem, uma enfermidade que se alastra e contamina ainda o homem pós moderno, levando-o a negar sua vida e a se sentir no direito de imputar seu princípio ao outro, produzindo teorias discriminatórias, com base em um livro escrito em um outro período da história, encontram motivos para se explicar fatos de um outro tempo, cria-se hábitos homofóbicos e pouco tolerantes para com aqueles que possuem um outro estilo de vida ou pensam diferente, ainda que camuflado, esta é uma realidade existente, dependendo do nível de desenvolvimento, estes acontecimentos podem atentar para aquilo que o homem realmente sabe ter, a vida.

Referencias Bibliográficas.
ALVES, Rubem. O que é religião. 12ª Edição, Junho de 2011, Edições Loyola.


NIETZSCHE. Friedrieh Wilhelm. Genealogia da moral, Uma polêmica. 1887. Editora SchwarczLTDA.