quinta-feira, 29 de novembro de 2012

FULECO, SÍMBOLO DE UM PAÍS PENÚLTIMO COLOCADO NO RANKING DE SISTEMAS EDUCACIONAIS.

Tenho visualizado nos últimos dias várias manifestações na internet a respeito do nome escolhido para  mascote da copa do mundo no Brasil em 2014, o tatu-bola, símbolo da fauna Brasileira, recebe o nome de Fuleco, fazendo referência a futebol e ecologia, tal escolha repercute, cria-se campanhas contra, por diversas vezes compartilhamos posts nas redes sociais criticando e sugerindo novas opções, afinal, trata-se do mascote para a copa do mundo, é o símbolo escolhido para o futebol Brasileiro, mas símbolo de quê e para quê afinal.
Há um ditado, do qual não sei a autoria, que afirma: ``Se o povo Brasileiro gostasse tanto de política, como gosta de futebol, o país seria outro ´´. Substituo política por educação, enquanto o povo Brasileiro discute nas redes sociais o nome dado ao mascote da copa, paralelamente outra notícia é divulgada, mas esta com menos repercussão, o Brasil foi classificado em penúltimo lugar no ranking dos sistemas de educação segundo pesquisa realizada pela consultoria Britânica Economist Intelligence Unit ( EIU), nesta pesquisa foram avaliados 40 países ficando o Brasil à frente apenas de Indonésia, segundo Michel Barber, consultor chefe da Person, Países que figuram  no topo da lista, valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.
Procurando visualizar nosso país, o que vemos é realmente a pouca valorização das questões educacionais, a mídia trabalha em prol do que dê audiência, mas quem faz a audiência é a própria população, hoje, dois dias após a divulgação da referida pesquisa, há maior audiência nos sistemas de televisão a divulgação do novo técnico da seleção Brasileira de futebol, que a atual realidade de nossos sistemas educacionais, porém, não podemos simplesmente culpar o governo e os sistemas de comunicação por tal situação, nós, população Brasileira, temos também responsabilidade para tal, fazemos parte de uma cultura, mas, estamos satisfeitos por tal cultura? Se não acordarmos para a necessidade de uma mudança cultural a mesma não ocorrerá, a mídia em geral trabalhará em função do capitalismo, algumas poucas emissoras trarão em sua programação debates em que se promova o desenvolvimento cultural, mas, como tudo gira em torno do capital, encontrarão dificuldades em se estabelecer devido à baixa audiência, este fato mostra o quão responsável somos pelo que divulgamos e pelo que é divulgado em nosso meio, vemos o que valorizamos.
A divulgação da pesquisa acima mencionada vem em boa hora, vivemos um novo momento em nosso país, felizmente presenciamos recentemente uma grande revolução em nossa política ao se julgar e condenar os acusados no mensalão, este será um grande marco na história, deixará sua marca nas diversas ramificações dos governos estaduais e municipais, abre se campo para julgar e condenar, precisamos então fazer nossa parte, nada disto terá sequência se as mudanças não começarem de baixo, começarem nos berços da educação, os lares familiares, se pais não desejarem a educação dos filhos, a escola não será o suficiente, é preciso ainda deixar de lado o jeitinho Brasileiro de ser, arregaçarmos as mangas e torcer, não pela copa do mundo e pelo hexacampeonato, por nós mesmos e por nosso país, deixar de lado o questionamento sobre o nome dado ao mascote  Brasileiro na copa e dar maior importância a fatores relevantes, porquanto, educação.
Valter Fernandes. 
Fonte de pesquisa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

REFLEXOS DA VIDA: VENDE-SE MILAGRES

REFLEXOS DA VIDA: VENDE-SE MILAGRES:                                                                                                      Vivemos, e não há como negar, em um ...

REFLEXOS DA VIDA: VENDE-SE MILAGRES

REFLEXOS DA VIDA: VENDE-SE MILAGRES:                                                                                                      Vivemos, e não há como negar, em um ...

sábado, 24 de novembro de 2012

REFLEXOS DA VIDA: CONFLITO DE IDENTIDADE.

REFLEXOS DA VIDA: CONFLITO DE IDENTIDADE.: CONFLITO DE IDENTIDADES NO RELACIONAMENTO ENTRE HOMEM E MULHER NAS RELAÇÕES CONJUGAIS. Reflexão realizada a partir da leitura do Tex...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CONFLITO DE IDENTIDADE.


CONFLITO DE IDENTIDADES NO RELACIONAMENTO ENTRE HOMEM E MULHER NAS RELAÇÕES CONJUGAIS.

Reflexão realizada a partir da leitura do Texto `` EM DEFESA DA FAMÍLIA TENTACULAR´´ de Maria Rita Kehl, Psicanalista, escritora e doutora em Psicanálise pela PUC-SP.

 Vivemos um constante processo de mudanças e adaptações, algumas destas acontecem de forma rápida, provocam conflito intenso, porém exige um rápido processo de adaptação, fazendo com que tudo retorne ao eixo sem que se dê conta da mudança, outras ocorrem lentamente através de longos anos, não sendo perceptíveis no dia a dia, para que se visualize, é necessário lançar um olhar do presente ao passado, observando os comportamentos, analisando as mudanças e conflitos provocados, neste contexto, o relacionamento entre homem e mulher dentro do matrimônio é um bom exemplo, o mesmo sofreu mudanças ao longo dos anos, está foi uma mudança lenta, uma mudança que engloba fatores sociais históricos, hoje, vivem-se conflitos dentro das relações, os modelos familiares mudaram, o conceito de família ampliou-se, surgiram outros modelos além  dos tradicionalmente estabelecidos, estaria a sociedade apta a aceitar estes novos modelos ? Dentro dos relacionamentos tradicionais, estaria o homem e a mulher aptos aos novos modelos e às mudanças ocorridas ao longo do tempo?

Conforme enunciado pelo artigo tomado por base para esta reflexão, o modelo familiar que hoje se segue, teve inicio em meados do século XIX, sendo criado para atender as necessidades da sociedade Burguesa em ascensão, neste período estabelece-se o modelo patriarcal, hierarquicamente o homem é o detentor do poder, a mulher exerce um papel submisso financeiro e sexual, mas este modelo sofrerá alterações ao longo dos tempos, a mulher conquista sua independência financeira em função de sua inserção no mercado de trabalho, e também sua independência sexual, tendo para isto contribuído notoriamente a descoberta de técnicas anticoncepcionais, permitindo que a mulher também buscasse seu prazer, mas esta emancipação sexual e profissional da mulher trás consequências, Elsa Berquó, autora citada na obra, afirma que : ´´Casar, ter filhos e se separar, leva cada vez menos tempo``. Outro fato citado é que, atualmente, há um número maior de mulheres sozinhas com filhos para criar, este novo cenário propicia novas formas de vida onde não se alterará a necessidade de homens e mulheres se relacionar e criarem filhos, porém, surgem novas possibilidades, a mulher não mais precisa estar submissa ao homem, ela adquiriu sua independência, por outro lado o homem perdeu seu poder, tornou-se, digamos, domesticado, não é mais o senhor da verdade como outrora o fora, agora o homem também exercerá papeis anteriormente destinado à mulher, cuidar do lar e dos filhos, dividir as tarefas, o homem participa deste processo  mas, ainda não está completamente adaptado  a ele, sentirá falta de ser o senhor do lar, sentirá até mesmo falta do cuidado que a mulher lhe dispensava anteriormente, em outra via, a mulher adquire sua independência, mas perde a proteção de estar dentro do lar, de ter a proteção do marido, seu papel de mãe e cuidadora não é mais o mesmo, visualizando o modelo anterior, em diversos momentos ela o desejará, existe ainda outro fator de grande influencia, a sociedade, esta vem com diversos discursos, posicionar-se a favor do modelo familiar anterior, apontando os diversos problemas sociais existentes como consequência de tais mudanças estruturais, como se a família fosse a única responsável pela manutenção da ordem social, não ampliando seu olhar para outros fatores existentes, colocando sobre o indivíduo uma sensação de insegurança, mal estar e desconforto para consigo mesmo, tendo este dificuldade para estabelecer-se em um novo modelo existente, traçando paralelos entre presente e passado, em suma, a dificuldade de adaptação do novo modelo, se dará em função de pressões externas exercidas, caso o homem não possuísse uma ideia anterior,  os novos modelos seriam tranquilamente aceitáveis.

Muito embora as relações conjugais mudem ao longo dos anos, o sujeito homem, no sentido genérico do ser, apresenta ao longo dos processos uma contínua necessidade de se estar em um relacionamento, mas, não se encontra mais preso a ele, adquiriu-se a liberdade de escolha e de mudança, este sentimento de liberdade faz bem a estima do ser, mas é reprimido  pelos costumes sociais, esta repressão causa angustia ao indivíduo moderno, isto, referindo ao fato de que, alguns indivíduos, ainda se encontram situados em um contexto anterior, onde mulher e homem exercem papeis distintos dentro do relacionamento, estes exemplos tornam se cada vez mais escassos, tendendo a sociedade nas próximas décadas a alcançar um nível maior de aceitação para os novos modelos familiares o mesmo acontecendo com as relações homossexuais, livrar-se de todo tipo de preconceito e julgamentos, é algo que fará bem ao homem, a família, e a sociedade, tais sentimentos e atitudes fazem mal a todos, inclusive no quesito família, um filho, o qual conviveu com a separação dos pais, pode ter uma aceitação melhor da situação e ainda se adaptar melhor ao contexto de família tentacular caso não sofra pressão social sobre si, juntamente a eles, os pais terão maior liberdade para exercer seus papéis e, paralelemente, reconstruírem suas vidas, assim, o apego ao passado e suas tradições, mostra-se notoriamente contra quem a ele se apega, devendo ser visto sim, como construção de um processo, e não como um processo já construído.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

VENDE-SE MILAGRES

                                                                                                    
Vivemos, e não há como negar, em um mundo impulsionado pelo capitalismo, se observarmos bem, tudo ao nosso redor é impulsionado pelo mesmo, penso ser este a origem de diversos males vividos por nossa sociedade, mas, não é o que aqui desejo enfatizar, o que me impulsiona a escrever este é quando vejo culturas religiosas utilizando, o que eu chamo aqui de `` venda de milagres´´ com o intuito a se adquirir status perante a população e, desta forma, ganhar  audiência na mídia audiovisual.

Durante a idade média a Igreja católica promovia a venda de indulgencias, há 493 anos, no dia 31 de outubro de 1519, Martinho Lutero fixou suas famosas teses (total de 95) contra a venda de indulgências, na porta da Igreja Católica do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, contrariando os interesses teológicos e, principalmente, econômicos da Igreja Católica. O impacto foi tamanho, que se comemora nessa data o início da Reforma Protestante a qual se propagou mundialmente, no Brasil, segundo pesquisa do IBGE, o número total de evangélicos protestantes é de 42.275.440, apresentando um crescimento de 61,45% ao ano.

Não sou contra o protestantismo, reconheço coisas boas praticadas dentro das instituições Evangélicas bem como no Catolicismo, o que critico é a propagação de uma cultura de milagres, e não se trata apenas do meio protestante, há também em alguns seguimentos católicos, porém este fenômeno é mais enfático no protestantismo, hoje ocorre um verdadeiro fenômeno de programas evangélicos na TV aberta sendo rede Record, RedeTV e Bandeirantes os principais canais a exibirem tal programação, nestes momentos enfatiza-se certos milagres e curas os quais não acredito ocorrerem da forma a qual é propagado, vejo tais situações como um forte charlatanismo, um grave abuso da humildade de uma grande massa em situação frágil, todos nós, em algum momento da vida, passaremos por uma situação onde parecerá não haver solução para um determinado problema, é este o momento em que se aproveitam da sensibilidade do ser, oferecendo-lhe um novo olhar, a esperança de um milagre, não duvido dos mesmos, mas o que se ocorre é a escravização do ser em função destes levando-o a abandonar em alguns momentos a própria vida e os tratamentos oferecidos pela medicina, agarrando-se em propósitos, correntes de oração e fé promovidos pelas entidades.

Vivemos em um país com um atraso cultural gigantesco, quando um pregador, com um discurso persuasivo, vai à frente de um canal de TV difundir a orientação religiosa da qual faz parte, apresentando  um suposto milagre divino como prova de sua razão, milhões de telespectadores estarão do outro lado da tela, estes milhões os quais cito, não possuem, em sua maioria, um mínimo de opinião crítica a qual o possibilite visualizar tal contexto, trata-se de uma massa sofrida socialmente e, diria, psicologicamente fragilizada, tornando-se presa fácil aos meios de comunicação, da mesma forma em que a mídia vende uma Coca-Cola, as denominações  religiosas vendem seus milagres, a troco  de audiência, vendendo ali sua marca, promovendo o que funciona categoricamente de forma empresarial, movido pelo mesmo capitalismo citado no inicio deste escrito.

Tal situação encontra se enraizada em nossa sociedade, vejo que, em curto prazo, pouco se pode fazer, assim como em diversos outros problemas sociais existentes. Precisamos difundir melhor a necessidade para uma revolução na educação em nosso país, penso ser inútil esperarmos por grandes feitos por parte do poder público, o que poderá trazer resultado positivo na qualidade de vida da população Brasileira nas próximas décadas é a mudança no modo de pensar do jovem adulto de hoje, uma maior abertura para as questões socioculturais e maior incentivo à leitura, somos reflexo do passado e reflexo para o futuro, sejamos a mudança que desejamos, um ser livre das opressões  sociais impostas, sejam elas religiosas ou não, se hoje, gozamos de certa liberdade, foi porque um dia alguém a desejou.

Grande Abraço.